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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tribunal Europeu protege mel de contaminação transgénica

O Tribunal Europeu de Justiça decidiu a favor dos apicultores da Baviera, Alemanha, que se tinham queixado por o seu mel ter sido contaminado por um campo de milho transgénico vizinho. A decisão do tribunal poderá abrir caminho para o pedido de compensações a empresas de biotecnologia ou aos governos que autorizam os campos de ensaio. 


As colmeias situam-se a 500 metros de um campo de ensaio de milho transgénico MON810 da Monsanto e, segundo os apicultores, o mel apresentava vestígios de pólen OGM (organismos geneticamente modificados). Por isso, o mel não pôde ser vendido, razão pela qual os apicultores pediram uma indemnização ao governo da Baviera.


Organizações não governamentais de Ambiente e o partido Os Verdes no Parlamento Europeu já saudaram a decisão do tribunal, considerando-a uma vitória para os apicultores, consumidores e agricultura tradicional. Ontem, activistas da organização Amigos da Terra manifestaram-se à porta da sede da Monsanto, em Bruxelas.


Stefanie Hundsdorfer, da organização Greenpeace, fala em “poluição genética” e lembra que a decisão “salienta que as agriculturas tradicional e a transgénica não podem co-existir. Quando uma cultura OGM é plantada ao ar livre, é impossível conter a contaminação”.

José Bové, eurodeputado francês conhecido pela sua oposição aos transgénicos, vai mais longe: “Os apicultores são impotentes em evitar a contaminação do seu mel com pólen OGM. A única maneira segura é uma moratória total aos OGM na Europa”.


Fontes: Inf'OGM

            Ecosfera

           Greenpeace

           Amigos da Terra Europa

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A cultura de OGM diminui na Europa




O relatório da Federação Internacional dos Amigos da Terra, intitulado "Who benefits with GM crops?" revela que menos de 0,06% dos campos europeus são plantados com OGM, ou seja, diminuiram 23% em relação a 2008. Segundo o relatório, sete Estados-Membros continuam a proibir o milho transgénico da Monsanto, três países já proibiram a batata OGM da BASF, imediatamente após a sua aprovação na primavera de 2010, alegando problemas de saúde e, pela primeira vez, cinco estados membros moveram um processo contra a Comissão Europeia por esta permitir que uma planta geneticamente modificada fosse plantada no solo europeu. O relatório destaca que a oposição pública aos OGM aumentou 61% em toda a União Europeia.

O relatório "Quem beneficia com as culturas geneticamente modificadas?" também revela uma nova geração de transgénicos destinados a promover o uso de pesticidas perigosos, tais como Dicamba e 2,4 D, que estão prontos para comercialização nos Estados Unidos. As empresas de biotecnologia estão a promover estes OGM como uma solução para substituir os OGM já existentes que não conseguiram controlar as ervas daninhas e reduzir a utilização de pesticidas.




O relatório salienta que as empresas de biotecnologia, com a ajuda do governo dos Estados Unidos estão agora a procurar novos mercados na África, para tentar salvar os seus negócios. Ele citou em especial a Fundação Gates, que financia projectos agrícolas em África e teria comprado bilhões de dólares em ações da Monsanto. A Fundação Gates tem um interesse directo na maximização dos lucros das empresas de biotecnologia em vez de proteger os interesses dos pequenos agricultores Africano.

O relatório também mostra que, globalmente, até mesmo os próprios governos pró-transgénicos da América do Sul são obrigados a tomar medidas para atenuar as consequências dos OGM sobre os seus agricultores, os seus concidadãos e no ambiente. Assim, o governo brasileiro lançou um programa de soja não-OGM, Soja-Livre, para ajudar os agricultores a ter acesso a sementes não-transgénicas. Na Argentina, novos estudos têm demonstrado que o glifosato, o herbicida usado na maioria dos OGM no mundo poderia ter consequências graves para a saúde humana. A pulverização de herbicida próximo de casas passou a ser proibido. No Uruguai, alguns distritos foram declaradas "zonas livres de transgénicos".

Para Christian Berdot especialista OGM dos Amigos da Terra França: "O facto é que os OGM são um fracasso total. O seu custo é enorme: as pequenas comunidades rurais perderam as suas terras e são envenenadas por herbicidas, o ambiente é sacrificado. Continuar a apoiar as culturas OGM hoje é colocar os interesses de algumas grandes empresas internacionais à frente dos interesses dos seus cidadãos, da agricultura nacional e do meio ambiente. "


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Super-Consumo europeu conduz ao desmatamento da Amazónia




Bruxelas, 25 de janeiro de 2011 – o crescimento da procura europeia por carne, ração animal e agrocombustíveis está contribuindo para a destruição da Amazônia e do Cerrado, revela o novo relatório lançado pelos Amigos da Terra Europa. O relatório surge num momento em que a bancada ruralista brasileira está fazendo lobby para alteração do código florestal federal. A fim de enfraquecer demandas futuras.


O relatório "Da floresta à mesa", mostra que os dados mais recentes revelam que a União Europeia:







- é o quarto maior importador de carne brasileira com mais de 250 mil toneladas de carne bovina importada em 2009.
- é um dos principais mercados para soja e farelo de soja brasileiro comprando cerca de um terço da colheita nacional.
- em 2009 foi o maior importador de etanol brasileiro, produzido com cana de açúcar, corresponde a 26,5% das exportações brasileiras.




Fome de Soja (2004) é um impressionante documentário produzido por Marcelo Viñas, sobre as implicações que a produção de soja transgénica está a ter sobre o seu país, Argentina.


A soja, principalmente para ração animal, biodiesel e a pecuária, tem sido historicamente o principal condutor do desmatamento no Brasil. Contudo, o relatório mostra que a expansão da cana de açúcar, principalmente para produção de agrocombustíveis, está deslocando a soja e o gado para as fronteiras da floresta.




 O documentário “SojaEm Nome do Progre$$o” mostra o impacto sócio-ambiental da expansão da produção da soja na Amazónia.Retrata os crimes dos fazendeiros produtores de soja no Pará e da multinacional norte-americana Cargill, que construiu um porto gigantesco sem autorização do governo federal nem estudo de impacto ambiental em Santarém.


Apesar das recentes quedas das taxas de desmatamento na Amazônia, para 6450 km² ainda são derrubados todos os anos – o equivalente a 2475 quadras de futebol por dia. O Cerrado tem índices ainda piores, com 20000 km² destruídos anualmente – o tamanho da Eslovênia – o equivalente a 7674 campos de futebol por dia.
A pesquisa ressalta que é esperado o aumento da produção das três commodities – 5 milhões de hectares de soja até 2020, a pecuária e a cana de açúcar deve crescer 25% no mesmo período – colocando uma pressão adicional nas florestas, nos ecossistemas e nos meios de subsistência no Brasil.
Adrian Bebb, da campanha sobre alimentação e agricultura de Amigos da Terra Europa afirmou:
O super consumo europeu de carne, ração e agrocombustíveis está levando à contínua destruição da floresta Amazônica e o Cerrado brasileiro. Enquanto a população européia pode reduzir os níveis de consumo de carne, os governos precisam urgentemente ajudar os agricultores a reduzir o uso de soja para ração animal e eliminar os planos de expansão do uso de agrocombustíveis. A continuada destruição no Brasil terá sérias conseqüências para o clima, para a biodiversidade e para a vida de milhares de pessoas.”

A atual legislação florestal brasileira está sob ameaça do agronegócio interessando em expandir sua fronteira agrícola derrubando florestas e savanas. As mudanças propostas a serem votadas em breve no Congresso Nacional Brasileiro podem levar a uma massiva redução na proteção de áreas de floresta nativa (70 milhões de hectares poderiam perder o status legal de proteção). Vários estudos apontam que essa mudança poderia levar à liberação de 25 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.
Clarissa Trois Abreu dos Amigos da Terra Brasil diz: “Apoiado pela alta demanda no exterior, o agronegócio tem feito um lobby agressivo para transformar áreas de floresta em plantações e produção. Qualquer enfraquecimento no código florestal levará a uma redução massiva das florestas protegidas. Plantações não substituem o benefício que as florestas fornecem para o clima e para a vida selvagem, ao mesmo tempo, que representam uma ameaça à subsistência de pequenas comunidades rurais.



Lêr também:  
-A investigação de 3 anos da Greenpeace que revela como a parceria perversa entre a indústria do gado e o governo brasileiro estão a resultar em mais desmatamento, escravidão e invasão de terras indígenas. 
"Farra do Boi na Amazónia"
-Militantes e cientistas afirmam que a pecuária bovina está destruindo as florestas e propõem um boicote.
Parar de comer carne pode salvar a Amazônia?
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