quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Novo estudo: Milho OGM causa tumores


Foi hoje publicado na prestigiada revista internacional Food and Chemical Toxicology, um estudo sobre milho geneticamente modificado que aponta para efeitos tóxicos "alarmantes", de acordo com Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, que coordenou o estudo. Trata-se da primeira vez a nível mundial que são investigados os efeitos de longo prazo dos transgénicos na saúde.


O milho geneticamente modificado utilizado na alimentação dos animais de laboratório foi o NK603 da multinacional Monsanto, tolerante ao herbicida Roundup produzido pela mesma empresa. Foi considerado seguro e autorizado para a alimentação humana pela Comissão Europeia já em 3 de Março de 2005 e tem circulado na Europa desde então.
Os investigadores, liderados pelo Prof Séralini da universidade francesa de Caen, verificaram que os animais alimentados pelo milho transgénico (num regime alimentar oficialmente considerado seguro) sofreram de morte prematura, para além de tumores e danos em múltiplos órgãos vitais.
A Plataforma Transgénicos Fora considera que, à luz destes resultados e ao contrário do que a própria Monsanto afirma, os alimentos transgénicos em circulação não podem mais ser considerados seguros. O governo deve pois tomar imediatamente medidas de emergência e precaução (previstas aliás na diretiva quadro dos transgénicos 2001/18):
- Suspensão imediata de todos os transgénicos em uso na alimentação e nas rações animais; e - Proibição imediata do cultivo de milho transgénico em Portugal.
Enquanto não forem publicados mais dados científicos com estudos de longo prazo sobre todos os transgénicos já autorizados que demonstrem a sua segurança efetiva, a eliminação da sua produção e consumo é a única forma de garantir a proteção dos consumidores portugueses.

              Nouvel Observateur



           

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