sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O grão assassino



Um documentário sobre a cultura que está comendo a Amazónia.
Este filme foi produzido pela ONG sueca Latinamerikagrupperna em colaboração com a escola de cinema Biskops-Arnö e do Movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra no Brasil (MST).
Leia mais sobre a SOJA.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A cultura de OGM diminui na Europa




O relatório da Federação Internacional dos Amigos da Terra, intitulado "Who benefits with GM crops?" revela que menos de 0,06% dos campos europeus são plantados com OGM, ou seja, diminuiram 23% em relação a 2008. Segundo o relatório, sete Estados-Membros continuam a proibir o milho transgénico da Monsanto, três países já proibiram a batata OGM da BASF, imediatamente após a sua aprovação na primavera de 2010, alegando problemas de saúde e, pela primeira vez, cinco estados membros moveram um processo contra a Comissão Europeia por esta permitir que uma planta geneticamente modificada fosse plantada no solo europeu. O relatório destaca que a oposição pública aos OGM aumentou 61% em toda a União Europeia.

O relatório "Quem beneficia com as culturas geneticamente modificadas?" também revela uma nova geração de transgénicos destinados a promover o uso de pesticidas perigosos, tais como Dicamba e 2,4 D, que estão prontos para comercialização nos Estados Unidos. As empresas de biotecnologia estão a promover estes OGM como uma solução para substituir os OGM já existentes que não conseguiram controlar as ervas daninhas e reduzir a utilização de pesticidas.




O relatório salienta que as empresas de biotecnologia, com a ajuda do governo dos Estados Unidos estão agora a procurar novos mercados na África, para tentar salvar os seus negócios. Ele citou em especial a Fundação Gates, que financia projectos agrícolas em África e teria comprado bilhões de dólares em ações da Monsanto. A Fundação Gates tem um interesse directo na maximização dos lucros das empresas de biotecnologia em vez de proteger os interesses dos pequenos agricultores Africano.

O relatório também mostra que, globalmente, até mesmo os próprios governos pró-transgénicos da América do Sul são obrigados a tomar medidas para atenuar as consequências dos OGM sobre os seus agricultores, os seus concidadãos e no ambiente. Assim, o governo brasileiro lançou um programa de soja não-OGM, Soja-Livre, para ajudar os agricultores a ter acesso a sementes não-transgénicas. Na Argentina, novos estudos têm demonstrado que o glifosato, o herbicida usado na maioria dos OGM no mundo poderia ter consequências graves para a saúde humana. A pulverização de herbicida próximo de casas passou a ser proibido. No Uruguai, alguns distritos foram declaradas "zonas livres de transgénicos".

Para Christian Berdot especialista OGM dos Amigos da Terra França: "O facto é que os OGM são um fracasso total. O seu custo é enorme: as pequenas comunidades rurais perderam as suas terras e são envenenadas por herbicidas, o ambiente é sacrificado. Continuar a apoiar as culturas OGM hoje é colocar os interesses de algumas grandes empresas internacionais à frente dos interesses dos seus cidadãos, da agricultura nacional e do meio ambiente. "


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Campanha de choque contra os OGM no metro de Paris




Desde terça-feira, 15/2/20011, que a campanha do FNE (France Nature Environnement)* cobre as paredes do metro de Paris. Esta é uma oportunidade para a associação, a alguns dias da exposição da agricultura, de alertar os cidadãos sobre os danos provocados pela agricultura intensiva pouco respeitosa do meio ambiente, através de três grandes flagelos que são a importação de OGM, as algas verdes e os pesticidas.



Para além  do terramoto mediático, é também uma oportunidade para propor soluções e para abrir um diálogo. A nossa agricultura está doente. Importamos OGM para alimentar o nosso gado quando nos recusamos a plantá-lo e que o consumidor não o quer. Toneladas de esterco, estrume das explorações agrícolas da fábrica, provocam marés de algas verdes, aumentando também a taxa nitratos na água. O uso maciço de pesticidas contribui para o declínio das abelhas e outros polinizadores. A França é o primeiro consumidor europeu de pesticidas.



O papel do FNE é de alertar a opinião pública. Para tal foram feitas seis imagens, uma delas com um homem apontando uma espiga de milho à sua cabeça, para lembrar que a aposta em matéria de OGM, à priori inofensiva, assemelha-se a um jogo de roleta russa. Nos outros cartazes, podemos encontrar um bife chamado "100% natural" atravessado das palavras "Big Liar" e dois outros que ilustram os riscos de determinados pesticidas para as abelhas ....



O metro de Paris recusou-se a colocar três cartazes devido à pressão exercida por algumas federações da indústria da carne de porco que ameaçava perturbar a ordem pública, rasgando os cartazes


*France Nature Environnement (FNE) é um movimento de cidadãos que reúne cerca de 3000 associações de protecção do Meio Ambiente na França.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Uma Introdução à Agricultura Selvagem





"O agricultor tornou-se atarefado demais quando começámos a estudar o mundo e a decidir que seria bom fazer isto ou fazer aquilo. Toda a minha pesquisa se baseou em não fazer isto ou não fazer aquilo. Estes trinta anos ensinaram-me que os agricultores estariam numa situação bem melhor se não fizessem praticamente nada."

Ao longo das últimas décadas, Masanobu Fukuoka assistiu à degradação da terra e da sociedade japonesas, enquanto o seu país seguia o modelo de desenvolvimento económico e industrial americano, deixando para trás uma rica herança de trabalho simples e próximo da terra. Mas Fukuoka estava decidido a não abandonar a agricultura tradicional. Pelo contrário, refinou-a de tal modo que o seu método de agricultura natural, mantendo o mesmo rendimento por hectare que o dos camponeses seus vizinhos, exige menos trabalho e desgasta menos a Natureza do que qualquer outro método agrícola.

Nesta obra, além de descrever a agricultura natural em si, Fukuoka relata os acontecimentos que o levaram a desenvolver o seu método e o impacto deste na terra, em si próprio e nas pessoas a quem o ensinou, explicando a razão que o leva a acreditar que ele oferece um modelo de sociedade prático e estável baseado na simplicidade e na permanência.

Partindo do princípio de que curar a terra e purificar o espírito humano são a mesma coisa, A Revolução de Uma Palha tem por objectivo mudar as nossas atitudes para com a Natureza, a agricultura, a alimentação e a saúde física e espiritual.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

SOS SEMENTES!!



Em 2011 a Comissão Europeia vai propôr uma nova regulamentação relativa à reprodução e comercialização de sementes, a chamada “Lei das Sementes”. As novas regras, que terão força de lei e sobrepor-se-ão às leis nacionais de cada estado-membro, vão limitar drasticamente a livre circulação de sementes, impedir os agricultores de guardar sementes e ilegalizar todas as variedades de plantas não homologadas, onde se incluem actualmente os muitas milhares de variedades tradicionais, a herança genética vegetal da Europa.
Com esta nova lei, a Comissão Europeia pretende satisfazer os pedidos repetidos da indústria de sementes, que nas últimas décadas assumiu os contornos de um oligopólio, com dez empresas – gigantes da agro-química – a controlarem actualmente metade do mercado mundial das sementes comerciais e a quase totalidade do mercado das sementes transgénicas. A indústria de sementes considera que a prática de guardar sementes e a produção de variedades não registadas constituem concorrência 'desleal'. Ao eliminar esta concorrência, sob pretexto de criar um mercado 'justo' e da protecção da saúde pública, as grandes empresas de sementes abrem caminho para começar a recolher direitos dos 70% de agricultores no mundo que ainda guardam e utilizam as suas próprias sementes.
Durante milhares de anos agricultores pelo mundo fora têm contribuído para a adaptação e melhoramento das plantas para produzir os nossos alimentos. Estas plantas constituem uma fonte insubstituível de recursos genéticos para assegurar o continuado acesso a alimentos, tecidos e medicamentos. A biodiversidade agrícola é um dos pilares da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável e já viu um decréscimo de 50% desde os anos sessenta, com a intensificação da produção agrícola, favorecendo as monoculturas e o uso excessivo de agro-químicos.
A tendência da privatização das sementes, que se inicou com a autorização de patentes sobre formas de vida, e que a prevista Lei das Sementes vem reforçar, constitui uma ameaça ao nosso património genético comum e à segurança alimentar. Os agricultores deixarão de poder guardar sementes e os criadores independentes deixam de poder melhorar variedades. Por consequência, não haverá nenhum incentivo para preservar variedades tradicionais e o mercado restringir-se-á a um espólio infinitamente mais reduzido de variedades comerciais, onde irão certamente dominar as variedades transgénicas.
Junta-te à Campanha pelas Sementes Livres


Dezenas de milhares de pessoas por toda a Europa estão a pedir activamente que o direito de produzir sementes permaneça nas mãos dos agricultores e horticultores. As sementes de cultivo são um bem comum, criado por acções humanas ao longo de milénios. Devem permanecer no foro público e sob condições algumas entregues para a exploração exclusiva da indústria de sementes.

Ajuda-nos a inverter o rumo da legislação sobre sementes e a apoiar a biodiversidade agrícola e a agricultura tradicional, com informação on e offline, seminários de sensibilização, a dinamização de hortas guardiãs de sementes e feiras de troca de sementes tradicionais, nacionais e internacionais.
Campanha pelas Sementes Livres
colher o futuro, semear a diversidade

Colher para Semear | GAIA | Plataforma Transgénicos Fora
sementeslivres@gaia.org.pt
Fonte: GAIA

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Bulgária proíbe o milho ogm da Monsanto



O governo búlgaro anunciou hoje que passa a proibir o cultivo do milho geneticamente modificado MON 810 da  multinacional americana Monsanto.

O MON 810 é uma variedade de milho geneticamente modificado comercializado com o nome da marca YieldGard. Ele contém um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que expressa uma toxina (toxina Bt), venenoso contra algumas pragas de insectos. Lêr no site Plataforma transgénicos Fora as provas que existem em relação aos riscos para a saúde humana.

Num comunicado à imprensa, o governo búlgaro justificou a sua decisão receando a contaminação ambiental, assim como a vontade de proteger a agricultura búlgara.
O milho MON 810 e a batata Amflora da alemã BASF são as únicas culturas OGM autorizadas na Europa.


A UE, no entanto, permite que cada Estado-Membro proiba, se assim o desejar, que se cultive ou não transgénicos no seu solo. Esta proposta continua a ser bastante criticada.


Mesmo se desde 1998 o MON 810 é autorizado na União Europeia, seis países - Áustria, Hungria, Grécia, França, Luxemburgo, e, mais recentemente a Alemanha, já o proibiram.
De que estamos à espera em Portugal?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Secretamente, a Malásia solta mosquitos OGM para o meio ambiente



6000 mosquitos transgénicos Aedes, elaborados para lutar contra a dengue, foram postos à solta no meio-ambiente a 21 de dezembro de 2010, em Bentong, no Estado de Pahang.

Duas associações, Os Amigos da Terra Malásia, assim como uma associação de consumidores de Penang estão "bastante chocados" com esta descoberta. De fato, no principio do mês de janeiro de 2011, o Departamento de Biossegurança da Malásia, tinha declarado oficialmente à imprensa, fazendo o maior uso possivel da comunicação social, que a experiência tinha sido adiada.

O comunicado de imprensa conjunto das duas associações estados da Malásia: "Nós lamentamos a falta de transparência sobre esta questão, nomeadamente o facto de o Instituto de Pesquisa Médica ter enviado um comunicado à imprensa mais de um mês após o início dos testes. Como a liberação de mosquitos transgénicos foi amplamente criticado, nós condenamos a maneira aparentemente secreta na qual foram realizados ensaios. Tal comportamento não faz nada para dissipar os medos e as preocupações do público. Estamos profundamente desapontados que os ensaios tenham ocorrido apesar da preocupação generalizada a nível nacional e internacional sobre os mosquitos geneticamente modificados ».


Inf'OGM lembra que outras libertações já ocorreram nas  Ilhas Cayman e, que a noticia só chegou após a liberação de milhões de mosquitos machos estéreis. Diferença notável: a Malásia é um país ligado ao continente asiático, enquanto que as Ilhas Cayman, por causa de seu afastamento, pode fazer figura de "comunidade isolada".
O Mali está prestes a seguir os passos da Malásia, fazendo o mesmo tipo de ensaios.



Fonte: Inf'OGM

Tradução: Zona Livre
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