Os alimentos geneticamente modificados não são bem vistos pelos portugueses. A conclusão é do Eurobarómetro "Europeus e Biotecnologia em 2010: Ventos de Mudança?" publicado, esta terça-feira.
O relatório avaliou a posição das populações de vários países europeus dentro de oito grupos de tecnologias: a biotecnologia e a engenharia genética, a energia solar, eólica, computadores e tecnologias da informação, o cérebro e o aumento da capacidade cognitiva, a exploração espacial, a nanotecnolgia e a energia nuclear.
Paula Castro, professora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e das Empresas (ISCTE), que fez parte do grupo de trabalhos que elaborou este relatório, explicou que "há três dimensões, as tecnologias que poupam o ambiente, que são vistas como muito positivas, as tecnologias relacionadas com a saúde, que, a não ser que haja objecções muito grandes, são vistas como positivas, e depois há as tecnologias relacionadas com a alimentação, que são vistas como negativas."
A sondagem revela que apenas 37 por cento dos portugueses encorajam esta tecnologia, longe dos 63 por cento de 1996.
"O apoio para os alimentos geneticamente modificados não tem tendência a subir na Europa. E cada vez mais está associado com dimensões éticas, não só de segurança" disse Paula Castro.
Fonte: Ecosfera